
Em 2014, o direito de transportar veículos da General Motors foi vendido por R$ 450 mil. Há anos cegonheiros (empresários) e algumas transportadoras negam a prática.
A Beto’s Car Transporte de Veículos e Cargas e a Trans Calo Transportes disputam na Justiça de São Paulo o direito de realizar o transporte referente à frota 2512. O contrato, segundo consta na lide do processo, foi firmado em 2014.
A vaga foi vendida por R$ 450 mil e seria paga da seguinte forma: entrada de R$ 60 mil, representada pela entrega de um caminhão Chevrolet ano 1997, mais duas parcelas de R$ 30 mil e outras 24 de R$ 15 mil. As duas empresas são agregadas à Júlio Simões, cujas frotas prestam serviço de transporte de veículos para a General Motors do Brasil.
Forma de pagamento Entrada: R$ 60 mil Duas parcelas de R$ 30 mil 24 parcelas de R$ 15 mil Valor total das parcelas: 480 mil
As empresas litigantes utilizam o Sindicato dos Cegonheiros do Rio Grande do Sul (Sintravers), que denunciou a formação de cartel em 2000 e mais tarde aliou-se ao sistema denunciado, como “intermediário” na discussão. O presidente da entidade, Jefferson de Souza Casagrande, o Bolinha, afirma que o Sintravers não tem nada a ver com o assunto e que não tem poder de promover bloqueios ou desbloqueios de frotas. Bolinha aguarda notificação oficial da Justiça.
“Assim que receber a notificação oficial da Justiça, tomarei as medidas necessárias.”
Jefferson de Souza Casagrande, presidente do Sintravers
Na disputa judicial há o envolvimento de uma terceira pessoa: José Carlos Corrêa. Segundo consta nos autos, ele teria recebido alguns dos cheques pré-datados da compradora e os depositados antes das datas pactuadas. Isso teria gerado a emissão de contraordem bancária por conta de desacordo comercial. O litígio prossegue no Tribunal de Justiça de São Paulo.