
Das 16 montadoras inquiridas pelo Cade, apenas uma delas, a Caoa-Chery realizou DIB para selecionar transportadora de veículos ou operadora de logística nos últimos 12 anos. Outras três, até tentaram, mas esbarraram na pressão ilegal imposta pelo chamado cartel dos cegonheiros e suspenderam os certames. A prática que atenta contra a ordem econômica, causa prejuízos superiores a R$ 3 bilhões por ano aos consumidores.

De Brasília
Documentos acostados no inquérito administrativo que investiga possíveis infrações à ordem econômica no bilionário setor de transporte de veículos novos, em andamento desde 2016 no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), não deixam dúvidas acerca da atuação permanente do chamado cartel dos cegonheiros. Das 16 montadoras inquiridas pela autoridade antitruste, apenas uma delas, a Caoa-Chery, com planta em Jacareí (SP), realizou processo de BID (espécie de concorrência no setor privado) para contratar operadora de logística e transportadoras de veículos. Volkswagen, Ford e Peugeot/Citroen esboçaram a intenção, mas acabaram cedendo a pressão ilegal imposta por greve de empresários-cegonheiros e até por grandes transportadoras dos grupos Sada e Tegma.
A possível contratação de transportadora não integrante do cartel por parte da montadora Peugeot/Citroen, em janeiro de 2018, causou revolta do grupo de empresários-cegonheiros responsáveis pelo escoamento da produção no Rio de Janeiro. Havia informações de que a BSM Transportes, que tinha sede em Guaíba (RS), e cujo um dos sócios era a própria Gefco, operadora de logística da montadora, acabou não realizando o transporte. Em menos de 72 horas, a montadora cedeu à pressão e cancelou a mudança nas operações.
Em outubro do mesmo ano, a Caoa-Chery, cujo controle acionário havia sido adquirido pela Caoa no Brasil, resolveu enfrentar o cartel dos cegonheiros. Acabou contratando a Transportes Gabardo, que tem sede no Rio Grande do Sul. A resposta foi imediata. Dezenas de caminhões-cegonha foram incendiados criminosamente por elementos ligados às transportadoras anteriores descontentes com a decisão da montadora. Mas a resistência foi sufocada por decisões judiciais que garantiram a ordem e desbloquearam os arredores da fábrica. Houve, inclusive, ameaça de prisão de manifestantes por parte da Justiça de Jacareí.
Um ano antes, em dezembro de 2017, a Volkswagen do Brasil deu início a um processo de BID. Ao tomar conhecimento, integrantes do chamado cartel dos cegonheiros iniciaram mobilização, paralisando todo o transporte de veículos produzidos pela fábrica (foto de abertura). A montadora ingressou com ação judicial para garantir o desbloqueio das dependências, o que foi concedido. A VW chegou a afirmar que, junto com sindicatos, incluindo o de cegonheiros, as atuais transportadoras estavam impedindo a montadora de buscar melhores condições técnicas e preços mais competitivos para o escoamento da produção (frete por caminhões cegonha). Menos de 24 horas após a concessão de medida liminar, no entanto, a VW anunciou acordo com os denunciados. Em 2015 – dois anos antes – a montadora realizou procedimento semelhante e também acabou recuando e cedendo as pressões.
No ano de 2020 foi a vez da Ford do Brasil. Tão logo anunciou o fechamento de sua fábrica em Camaçari (BA), a montadora enviou correspondências eletrônicas chamando empresas interessadas no transporte dos seus veículos que passariam à condição de importados. Não chegou a cinco dias e houve o cancelamento, após integrantes do chamado cartel dos cegonheiros tomarem conhecimento e iniciarem ameaças. O certame foi imediatamente suspenso.
Na General Motors do Brasil a situação é idêntica. Segundo documentos apreendidos pela Polícia Federal no âmbito da Operação Pacto – deflagrada em parceria com o Ministério Público de São Paulo e o próprio Cade – há casos de contratos vencidos desde 2013. A montadora só abriu processo de BID em 2004, quando contratou a Júlio Simões para escoar parte da produção. O procedimento não foi por iniciativa própria, pois atendeu à determinação expressa da Justiça Federal do Rio Grande do Sul. A JSL não realiza entrega de veículos para a rede de concessionários. Cobra valores menores do que as demais transportadoras integrantes do chamado cartel dos cegonheiros, mas a partir de 2020 — quando adquiriu o controle acionário da Transmoreno, no Paraná — continuou praticando os mesmos valores de frete das demais transportadoras, com ágio de até 40%, segundo os investigadores da Operação Pacto.
ESSA MATÉRIA LÍCITA, APONTA EXATAMENTE O QUE TEM ACONTECIDO AO LONGO DE TANTOS ANOS EM NOSSO BRASIL.
O CARTEL DOS CEGONHEIROS É E SEMPRE FOI UMA VERDADEIRA FACÇÃO CRIMINOSA, ONDE SEUS LÍDERES PAGAVAM AOS CEGONHEIROS, QUE OPERAVAM OS ESCOAMENTOS DESSAS PRODUÇÕES, COM MÃOS DE FERRO MESMO!
A EMPRESA QUE SE ATREVESSE A COTAR VALORES REAIS, COM A PRÁTICA DO FAMOSO BID, ERA ATACADA POR TODOS OS LADOS, INCLUSIVE COM AÇÕES CRIMINOSAS DE INCÊNDIOS EM CARRETAS DAS DEMAIS TRANSPORTADORAS, NÃO INTEGRANTES DO SISTEMA, COMO A TRANSPORTES GABARDO SOFREU.
AS DEMAIS MONTADORAS, COM MEDO DE TEREM SEUS VEÍCULOS NOVOS INCENDIADOS, SEMPRE RECUARAM E, ASSIM FORAM CONDICIONADAS A OPERAR COM O CARTEL DOS CEGONHEIROS.
UM VERDADEIRO ABSURDO, PRATICADO EM NOSSO PAÍS, AO LONGO DE TANTOS ANOS. NÃO É MESMO?
AGORA, ESPERAMOS QUE TENHA REALMENTE CHEGADO A HORA DO “FIM DO TÚNEL”, PARA ESSA FACÇÃO CRIMINOSA E, QUE SEUS LIDERES SEJAM OBRIGADOS A PAGAR POR ESSES PREJUÍZOS.
LAMENTAVELMENTE, OS CONSUMIDORES QUE SOFRERAM TAIS ABUSOS DO PODER ECONÔMICO, JAMAIS RECUPERARÃO SEUS PREJUÍZOS.
COMO TODOS PODEM VER, ESSE PORTAL NUNCA EDITOU MENTIRAS EM SUAS BRILHANTES MATÉRIAS, AO LONGO DESSES ANOS ACIMA CITADOS!
CUMPRAM-SE AS LEIS!
DOA A QUEM DOER!