
Transportadoras espanholas prejudicadas pela cartelização do mercado de caminhões na Europa vão pedir na Justiça indenização superior a 250 milhões de euros. Os empresários daquele país podem reclamar até 20% do valor que pagaram pelos veículos (incluindo juros).
Os cálculos para reparação das perdas foram estimados nesta semana pelo escritório de advogados espanhol Caamaño, Concheiro & Seoane (CCS). A banca de juristas foi contratada pela Confederação Espanhola de Transporte de Mercadorias (CETM).
Até o momento, a CCS representa 4.3 mil clientes, totalizando 30 mil caminhões. Considerando um preço médio de compra por veículo de 70 mil euros, o valor global das queixas poderá ultrapassar os 250 milhões de euros. As informações são do site português Transporte e Negócios.
O escritório de advogados prevê apresentar cerca de seis mil ações judiciais até abril. As primeiras sentenças deverão ser conhecidas ainda em 2018.
Transportadoras portuguesas também preparam demandas judiciais contra as empresas condenadas. Em dezembro, mais de 40 transportadoras alemãs procuraram a Justiça para cobrar prejuízo de 237 milhões de euros.
Alinhamento de preço e atraso tecnológico
Seis fabricantes foram condenados a pagar 3,7 bilhões de euros por formação de cartel. As multas foram impostas pela Comissão Europeia. MAN, Volvo/Renault Trucks, Daimler, Iveco, DAF e Scania alinharam preços e atrasaram a introdução de novas tecnologias para redução de emissões de gases.