
Integrantes da associação criminosa (segundo a Polícia Federal) que controla o setor de transporte de veículos novos em todo o país decidiram desafiar a Justiça paulista e mantiveram o bloqueados os acessos à fábrica da Caoa Chery, em Jacarey, no interios de São Paulo. Os manifestantes, oriundos de São Bernardo do Campo e Espírito Santo, são cegonheiros-empresários contrários ao exercício da livre concorrência. Eles protestam porque a montadora contratou a Transportes Gabardo, com sede no Rio Grande do Sul, desvencilhando-se de agregados aos grupos Brazul e Tegma – atreladas ao cartel. Sindicalistas ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) reforçaram o bloqueio. A imagem de abertura desta matéria mostra caminhões-cegonhas carregados e impedidos de deixar a fábrica.
Desde segunda-feira (8), o grupo está impedindo o acesso da nova transportadora às dependências da fábrica instalada em Jacareí, interior paulista. Na quarta-feira (10), acompanhado por policiais militares, um oficial de Justiça citou os manifestantes. A Justiça local concedeu liminar em ação movida pela Transportes Gabardo, determinando o imediato desbloqueio dos acessos à fábrica. Caminhões da nova transportadora ingressaram à noite para carregar na manhã desta quinta-feira. Mas os cegonheiros-empresários voltaram a bloquear o acesso à Caoa Chery.
Novo comunicado em caráter de urgência está sendo encaminhado ao juiz Maurício Neiva, titular da 2ª Vara da Comarca de Jacareí. Desta vez, a autora da ação vai solicitar a aplicação de multa diária por descumprimento da decisão judicial. São réus o Sindicato Nacional dos Cegonheiros (Sinaceg), condenado pela Justiça Federal por formação de cartel, e a Brazul Transporte de Veículos, de propriedade do grupo Sada, que tem como principal dirigente o atual prefeito de Betim, Vittorio Medioli. Ele é acusado pela Polícia Federal de ser o chefe da associação criminosa que controla o setor de transporte de veículos novos.