
Com o apoio de outras entidades sindicais alheias ao setor de transporte de veículos novos, a exemplo da CUT, cegonheiros-empresários mudaram o tom. Iniciaram hoje manifestação pacífica em frente à sede da montadora Caoa-Chery (foto em destaque). Diferente do que foi divulgado pelo site Livre Concorrência em matéria anterior, publicada às 11h16min, não há bloqueio de acesso à fábrica.
Dezenas de caminhões-cegonha estão estacionados nas proximidades da montadora cujo controle acionário agora é da Caoa. Os cegonheiros, em sua maioria agregados às transportadoras Brazul (de propriedade do grupo Sada e do político e empresário Vittorio Medioli) e Tegma, tomaram o cuidado de retirar dos caminhões a logomarca das empresas. É a tentativa de livrar o envolvimento das transportadoras acusadas de formação de cartel no setor.
Desde que a Caoa-Chery resolveu trocar de fornecedor para o escoamento da produção, por meio do procedimento denominado BID (cotação de preços), uma série de atentados atingiram caminhões da nova transportadora. Vencedora do certame, a Transportes Gabardo, que tem sede em Porto Alegre (RS), teve 14 caminhões incendiados criminosamente, sendo oito deles no pátio da filial de Porto Real (RJ), distante cerca de 200 quilômetros de Jacareí, onde acontece o foco das manifestações.