Crítico do cartel dos cegonheiros, sindicalista reúne provas e denuncia corrupção no Ministério do Trabalho

A partir de revelações do presidente do Sindicato dos Cegonheiros de Goiás (Sintrave-GO), Afonso Rodrigues de Carvalho, um esquema de venda de registros sindicais no Ministério do Trabalho começou a ser investigado há cerca de doze meses. Na semana passada, em 30 de maio, a Polícia Federal prendeu servidores públicos e vasculhou os gabinetes dos deputado Jovair Arantes (PTB-GO), Wilson Filho (PTB-PB) e Paulinho da Força (Solidariedade-SP). O ministro Edson Fachin (do STF) também autorizou busca na casa do presidente nacional do PTB, o ex-deputado Roberto Jeferson, condenado no escândalo do mensalão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Os agentes buscavam evidências que reforçassem o vínculo de lobistas, advogados, dirigentes de centrais sindicais e parlamentares na fraude.

A apuração da PF foi revelada pela Revista Veja em março, em reportagem de capa, intitulada “A farra continua”. O texto mostra os caminhos escusos que se apresentaram para o sindicalista obter o registro no Ministério do Trabalho para oficializar a entidade que preside. O processo estava parado havia cinco anos. Lobistas prometeram resolver rapidamente o problema, mediante o pagamento de R$ 4 milhões em propina.

Evidências e comando identificado
A partir daí, Magayver, como Afonso é conhecido entre os cegonheiros, não só teve a coragem de denunciar o esquema, mas também reuniu evidências por meio de “ação controlada”. Gravou conversas, pagou propina com cheques pré-datados e solicitou provas de que o registro sairia de fato. Após pagar a propina, o sindicalista foi colocado em contato com o núcleo político do esquema, representado por Rogério Arantes, sobrinho do deputado Jovair. Este acionou o seu primo Leonardo Arantes, atual número 2 do Ministério do Trabalho.

Magayver identificou e gravou a cadeia de comando do esquema. A Polícia Federal aprofundou a investigação e chegou a outras casos de fraude no processo de registro sindical. Na última semana, a revista Veja voltou ao tema, com o título “A farra terminou”. A operação Registro Espúrio foi detalhada na última edição da revista. Ao todo, 320 policiais federais cumpriram 64 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão preventiva e 15 mandados de prisão temporária no Distrito Federal, São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais.

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Um comentário sobre "Crítico do cartel dos cegonheiros, sindicalista reúne provas e denuncia corrupção no Ministério do Trabalho"

  1. Luiz Carlos Bezerra disse:

    ÓTIMO AMIGOS LEITORES!!! AGORA BASTA OS JURÍDICOS TOMAREM AS SUAS PROVIDÊNCIAS FINAIS, PARA PUNIREM DE VEZ ESTA CORJA DE MARGINAIS, QUE PREJUDICARAM POR MUITOS ANOS O POVO BRASILEIRO E OS TRANSPORTADORES DE VEÍCULOS (PRINCIPALMENTE), OS QUAIS SÓ “LUTAM” POR SEUS DIREITOS LEGAIS, AMPARADOS POR LEI!
    O CARTEL MAFIOSO DESTA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, JÁ ENRIQUECERAM MUITO AO LONGO DESTES ANOS. PREJUDICARAM EM MUITO OS CONSUMIDORES FINAIS E O POVO BRASILEIRO.
    REALMENTE, A “FARRA ACABOU”!!! PRISÃO PARA OS RESPONSÁVEIS É MUITO POUCO!
    ELES TERÃO QUE DEVOLVER AOS COFRES PÚBLICOS TODOS OS RECURSOS FINANCEIROS ENTÃO DESVIADOS ATÉ HOJE!!!
    CONFIAMOS NO MPF E NA PF! BASTAM AGORA AS AÇÕES FINAIS, PARA SALVAR A LIVRE CONCORRÊNCIA!!!

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