
Em 2004, o órgão antitruste vetou a fusão, dando início a um imbróglio na Justiça que se estendeu até 2021, quando o então presidente do Cade, obedecendo decisão do TRF-1, determinou a reabertura do caso.

De Brasília
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deverá voltar a analisar a compra da Garoto pela Nestlé, consumada em 2002. Em 2004, o órgão antitruste vetou a fusão. A Nestlé recorreu à Justiça e, um ano depois, conseguiu suspender a resolução do Cade. Em 2009, a decisão favorável à fábrica de chocolate foi anulada. Na ocasião também ficou determinado que a autarquia analisasse novamente o ato de concentração.
A batalha jurídica avançou. Carolina Brígido, do UOL Notícias, informa que a Nestlé seguiu recorrendo. Em 2018, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) confirmou que o Cade precisaria reabrir o processo. Em 2021, Alexandre Barreto de Souza, então presidente do órgão, determinou a abertura do caso, com nova instrução.
Há 21 anos, quando ocorreu a fusão, a Nestlé atendia 34% do mercado de chocolate no país. Após o negócio, a participação da empresa subiu para 58%.
Imagem de Marjon Besteman / Pixabay.