
A direção da fábrica da General Motors instalada em Rosário, na Argentina, liberou o uso dos banheiros pelo cegonheiros da transportadora Júlio Simões (JSL). O acesso está previsto para o período em que as instalações destinadas aos carreteiros estiver em manutenção. As obras deveriam ocorrer entre 22 e 25 de março. O uso dos banheiros localizados no espaço da montadora foi anunciado pelo representante da JSL naquela unidade.
Na noite de 19 de março, os cegonheiros gravaram vídeo para denunciar a falta de infraestrutura para atender os profissionais da empresa com sede em Mogi das Cruzes, em São Paulo.
Na ocasião, um cegonheiros relatou:
“Esses problemas não são de hoje. Há muito tempo que somos tratados com descaso e sem as mínimas condições de higiene. Não há pátio da Júlio Simões aqui. Somos obrigados a ficar ao relento e relegados à própria sorte. A montadora manda o guarda fechar o portão e não podemos nem sequer voltar para nossos caminhões quando ficam no interior da fábrica.”
O vídeo foi encaminhado à redação do site Livre Concorrência. No momento, a situação parece estar normalizada.
A JSL só presta serviço à GM por conta de uma decisão da Justiça. Após ser condenada por participação ativa na formação de cartel no transporte de veículos novos, a montadora foi obrigada a abrir o mercado e contratar novos transportadores não vinculados ao cartel dos cegonheiros. O esquema, investigado pela Polícia Federal e Ministério Público Federal, concentra com mãos de ferro mais de 95% dos fretes realizados no setor. A quadrilha é chefiada pelo empresário Vittorio Medioli, segundo inquérito da Polícia Federal.