
A Júlio Simões (JSL) poderá enfrentar a primeira queda-de-braço com as transportadoras acusadas de formação de cartel no bilionário setor de transporte de veículos novos até o final deste ano. A empresa com sede em Mogi da Cruzes (SP) adquiriu a Transportadora paranaense Transmoreno. Em 2019, a companhia recém-vendida foi responsável pelo transporte de 100,4 mil veículos comercializados no mercado interno pelas montadoras Renault e Nissan. O montante representa 40,43% das 248,3 mil unidades emplacadas no Brasil no ano passado, segundo dados da Fenabrave.

Renault e Nissan, que pertencem a um único grupo econômico, revelaram seus dados sigilosamente ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A Nissan afirmou ao Ministério Público do Rio de Janeiro que, das quatro transportadoras responsáveis pelo escoamento da produção, possui contrato apenas com a Brazul Transporte de Veículos, o qual vence em 1º de janeiro de 2021. As demais, Transmoreno, Transuato e Tegma, possuem contratos “verbais”. Uma possível cotação de preços poderá acirrar os ânimos.
Ao MP carioca a Nissan confessou ainda que não realiza cotação de preços por temer a ação violenta de alguns integrantes vinculados a sindicatos de cegonheiros. De acordo com a montadora, há receio inclusive de risco à integridade física de seus colaboradores. Respondendo ao Cade, no entanto, a mesma montadora não repassou essas informações, mas elas acabaram chegando à autoridade antitruste e ao site Livre Concorrência por meio do Ministério Público do Rio de Janeiro.
Os documentos foram anexados a inquérito administrativo. Por sua vez, a Renault, que tem sede em São José dos Pinhais (PR), em 2013, ao anunciar a contratação de novos transportadores, foi surpreendida com uma greve de patrões (cegonheiros empresários). Acabou cedendo às pressões e desistiu da nova contratação. É voz corrente entre os chamados carreteiros (cegonheiros empresários) que a JSL não goza da simpatia dessa categoria profissional.
Desde 2018, o Cade está de olho nos processos de cotação de preços que a maioria das montadoras instaladas no país utilizam para definir quais transportadoras devem realizar as operações de logística e transporte. Intimou quase a totalidade das montadoras para prestarem esclarecimentos sobre a forma definida para escoar a produção.Toda documentação está sob análise dos técnicos da autarquia no âmbito do inquérito administrativo que apura possíveis práticas de infrações à ordem econômica. O conselho vem prorrogando sistematicamente o andamento do procedimento, principalmente depois da deflagração da Operação Pacto, realizada em outubro do ano passado com o apoio da Polícia Federal e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de São Bernardo do Campo (SP).
A JSL entrou no bilionário mercado de transporte de veículos novos no início dos anos 2000, quando foi contratada pela General Motors do Brasil. A montadora, agora também condenada por formação de cartel, foi obrigada pela Justiça Federal a contratar transportadora não vinculada ao sistema cartelizante liderado pela Associação Nacional das Empresas Transportadoras de Veículos (ANTV), também condenada, e pelo Sindicato dos Cegonheiros de São Paulo (Sinaceg, ex-Sindicam), igualmente condenado pela mesma prática abusiva. Na montadora norte-americana, a JSL pratica frete mais barato que as demais concorrentes.
Ato de concentração
A Júlio Simões já protocolou no Cade o comunicado de aquisição da Transmoreno. O Ato de Concentração vai começar a tramitar e a ser analisado pela autoridade antitruste que está realizando um verdadeiro pente fino no segmento de transporte de veículos novos. Dados revelados pela Operação Pacto apontam para a cobrança de ágio de até 40% sobre os valores cobrados por conta da falta de concorrência. Policiais federais e promotoria do Gaeco também chegaram a conclusão de que há um acordo para manter o mercado fechado impedindo a livre concorrência.
Correção
Acima divulgamos que a a empresa já protocolou Ato de Concentração referente à aquisição da Transportes Transmoreno. Na realidade, o Ato de Concentração que já está em andamento refere-se à compra da Fadel, pela Júlio Simões S. A. O da compra da transportadora paranaense ainda não aparece para pesquisa pública no site do órgão antitruste.
QUE VENHA A “QUEBRA-DE-BRAÇO” QUE QUISEREM, MAS A JSL JAMAIS RECUARÁ!
O FIM DESSE CARTEL CRIMINOSO HÁ DE TER CHEGADO!
QUE A JUSTIÇA SEJA DEFINITIVAMENTE FEITA E, QUE OS RÉUS SEJAM DEVIDAMENTE PUNIDOS, NAS FORMAS DAS LEIS!
CHEGA DE TANTOS DESMANDOS!
OS PREJUÍZOS CAUSADOS AO NOSSO PAÍS, AO LONGO DE TANTOS ANOS, TEM QUE SER FINALIZADOS E, OS RESPONSÁVEIS POR ESSES DELITOS DEVEM PAGAR POR SEUS ERROS, IMEDIATAMENTE!
AGORA EXISTE UMA EMPRESA TRANSPORTADORA DE VEÍCULOS SÉRIA, QUE ATUARÁ NOS ESCOAMENTOS DA PRODUÇÃO DAS MONTADORAS AQUI EXISTENTES, COM PREÇOS DE FRETES CONDIZENTES AS APLICAÇÕES DA LIVRE CONCORRÊNCIA (QUE É LEI E NUNCA FOI RESPEITADA)!
QUE HAJAM “BRIGAS”, MAS COM RESPEITO ÀS LEIS E, QUE TODOS OS PROFISSIONAIS DO RAMO PASSEM A TER SEUS DIREITOS GARANTIDOS CONSTITUCIONALMENTE!
CARTEL NO NOSSO PAÍS JAMAIS PODERIA EXISTIR.
FIM DA LINHA PRA ELES!
HÁ MUITO TEMPO QUE ESSE PORTAL VEM DIVULGANDO ESSES CRIMES HEDIONDOS E, SENDO ASSIM, TAMBÉM DEVE SER RESPEITADO!
PARABÉNS SR. REDATOR CHEFE!