
O juiz Maurício Neiva, titular da 2ª Vara Cível do Foro de Jacareí (SP), determinou o desbloqueio imediato da fábrica da Chery, instalada no Interior de São Paulo. Desde segunda-feira, cegonheiros-empresários interditaram os acessos à fábrica. A mobilização ilegal é comandada por empresários e sindicalistas vinculados ao cartel dos cegonheiros. Os manifestantes perderam o direito de transportar os veículos da marca em processo marcado pela livre concorrência.
A liminar foi deferida na tarde desta quarta-feira. A ação para liberar os acessos à fábrica foi protocolada pela Transportes Gabardo, que recentemente venceu a concorrência para prestar serviços à montadora. Apesar de defender a livre concorrência, a Caoa-Chery não intentou nenhuma medida judicial contra o locaute.
Em sua decisão, o magistrado destacou a solidez das provas anexadas à petição:
“Tendo em vista a narrativa icicial e a prova documental que a acompanha, em especial o boletim de ocorrência e fotografias, havendo elementos sólidos e suficientes a evidenciar a caracterização do esbulho/turbação e a presença dos demais requisitos legais à medida pleiteada, defiro à parte autora livre acesso à fábrica Caoa Chery.”
O juiz também autorizou, se necessários, o reforço policial e o uso de força para remoção compulsória dos obstáculos, pessoas e veículos existentes no local:
“Expeça-se mandado pelo plantão e oficie-se requisitando o reforço policial, com urgência.”
A ação da Gabardo foi movida contra o Sindicato Nacional dos Cegonheiros (Sinaceg) e a empresa Brazul Transportes de Veículos, de propriedade de Vittorio Medioli. Sindicalistas e empresários deflagraram o locaute.