Cansada de ceder aos desmandos do cartel, a Volkswagen do Brasil assumiu esta semana o pioneirismo da indústria automobilística no rompimento das relações com o atual sistema que controla o setor de transporte de veículos novos. No documento enviado à Justiça, a montadora revela o conluio formado por transportadoras e cegonheiros de São Paulo para pressionar a VW a desistir da contratação de novos transportadores “com melhores condições técnicas e financeiras”.
Traída em várias oportunidades por seus operadores de logística, Tegma, Transauto, Brazul, Transzero e Dacunha (as três últimas do grupo Sada) e sindicato dos cegonheiros, a montadora anuncia que irá romper com os atuais contratos:
“Ressalte-se mais uma vez, que o descumprimento contratual das corrés, prestadoras de serviços de logística e de transporte de veículos não é objeto desta demanda, mas sim de demanda a ser instaurada no juízo competente.”
Para a Volkswagen, o expediente combatido no pedido de liminar concedido pela Justiça, “não é inédito”.
“Já foi abusivamente utilizado, por exemplo, em julho de 2015, quando as rés Brazul, Tegma, Transauto eTranszero, com o auxílio dos cegonheiros, paralisaram os seus serviços de transporte de veículos como represália à tentativa da VW de contratação de uma única empresa para lhe prestar os mesmos serviços.”
Na extensa petição entregue à Justiça, cuja íntegra o Portal Livre Concorrência teve acesso com exclusividade, a montadora ressalta que “sendo as corrés Tegma, Transauto, Brazul, Transzero e Dacunha, as atuais prestadoras de serviço de logística e transporte de veículos novos da VW, é evidente a sua atuação na paralisação, com o fito, mais uma vez, de pressionar a VW a não realizar o processo seletivo para contratar novos prestadores de serviço com melhores condições técnicas e financeiras”.
Cartel identificado
Para justificar a afirmativa, a montadora diz que “corrobora tal participação o fato de terem sido identificados, dentre aqueles utilizados para bloquear a planta da VW, veículos de cegonheiros comumente subcontratados pelas empresas corrés”.
Condutas abusivas
Montadora revela o objetivo do cartel:
“O plano das rés e dos cegonheiros a elas associados é pressionar a VW a desistir do processo de seleção de novos prestadores de serviço de transporte de veículos para, assim, não ter mais que se submeter às condutas abusivas aqui narradas. E isso não pode ser permitido. Não é aceitável que a VW, periodicamente, assista perplexa ao bloqueio de acesso de sua propriedade à via pública pelas rés e os cegonheiros a elas associados, suportando as consequências nefastas da paralisação de suas atividades.”
A Volkswagen diz ainda que menos de um ano depois da última suspensão dos serviços, nova paralisação das atividades das corrés e dos cegonheiros ocorreu, desta feita para pressionar a VW a aceitar o valor de reajuste proposto para os fretes contratados, bem como obrigá-la a manter os contatos vigentes.
Isso, é uma vergonha. Por que já não contratam outro prestador para executar o serviço.
É sempre assim, o prejudicado é sempre o comprador que já pagou pelo veiculo e ainda não recebeu.
Parabéns VW, dessa vez vc se superou, apesar de todas as vezes que os cegonheiros já fizeram isso, vcs ainda não tomaram nenhuma atitude…..
VW e Brasil devem dar as mãos, pois são dois lixos.