
Com 545,5 mil veículos vendidos em 2018, as fábricas de automóveis lideram a recuperação industrial, após recessão que assolou o País a partir de 2014. O total é 15,6% superior ao número de veículos licenciados no mesmo período de 2017. Só no terceiro mês deste ano, 267,5 mil unidades saíram das linhas de montagem, acréscimo de 25,3% sobre fevereiro e de 13,5% sobre março do ano passado. A produção no acumulado do ano ficou em 699,7 mil unidades, expansão de 14,6% em relação ao ano anterior.
Somente em março, 207,4 mil unidades foram negociadas, aumento de 32,2% ante as 156,9 mil de fevereiro e de 9,6% sobre as 189,2 mil de março de 2017.
As exportações no primeiro trimestre também cresceram. A alta de 3,3% em relação ao ano passado foi obtida com a venda para o exterior de 180,2 mil unidades, contra 174,5 mil em 2017.
Caminhões
As vendas de caminhões em março registraram 5,9 mil unidades, crescimento de 46,8% sobre fevereiro. Em relação à março de 2017, o crescimento foi de 44,5%. No acumulado do ano o registro de expansão nesse segmento alcançou 50,4%, com 14,5 mil unidades em 2018.
A produção de caminhões no primeiro trimestre foi de 24,4 mil unidades, elevação de 55,1% frente as 15,8 mil fabricadas no ano passado. No âmbito das exportações observou-se acréscimo de 25,3% no acumulado: 7,3 mil unidades este ano e 5,8 mil no exercício anterior.
Ônibus, máquinas agrícolas e rodoviárias
Os fabricantes de chassis para ônibus produziram este ano 6,9 mil unidades – alta de
67,4%. Os fabricantes de máquinas agrícolas e rodoviárias produziram 37,3% mais em março do que no mês anterior. As vendas internas aumentaram 46,8%, se comparadas a fevereiro. As exportações até o terceiro mês de 2018 foram de 2,9 mil unidades, o que representa alta de 31,7%.
A recuperação começou no ano passado, principalmente a partir do segundo trimestre. Para Antonio Megale, presidente da Anfavea, o balanço confirma o gradual retorno das atividades da indústria automobilística:
“Mesmo com dois dias úteis a menos, o desempenho do último mês ficou quase 10% acima de março do ano passado, o que configura mais um indicador que comprova a retomada do mercado interno. Com inflação baixa, desemprego em queda e juros básicos nos menores patamares da história, é questão de tempo o consumidor ter mais acesso ao crédito. Isto nos deixa bastante otimistas quanto ao futuro da economia e do setor.”
Com informações da Anfavea.