Pastor Eurico fará discurso toda semana contra cartel instalado em Pernambuco

O deputado federal Pastor Eurico anunciou que toda semana fará discurso da tribuna da Câmara do Deputados denunciando o cartel do setor de transporte de veículos novos que se instalou em Pernambuco, comandado pela mineira Sada Transportes e Armazenagens com a conivência da Fiat/Jeep. O parlamentar também comentou o ajuizamento no STF da segunda ação penal intentada contra ele. Agora foi a vez da Sada. A primeira foi proposta por Vittorio Medioli, dono do grupo mineiro, porque o deputado comparou os negócios do empresário aos da JBS. “Podem me processar quantas vezes quiser”, avisou. “Não tenho medo de processo.”

O parlamentar está sendo processado por ter ocupado a tribuna da Câmara e denunciado “a organização criminosa que se instalou em Pernambuco”.

“Não é possível. Não vamos admitir uma coisa dessas. E o que chama mais a atenção é que até agora a Fiat/Jeep não se manifestou.”

Pastor Eurico disse ainda que “a organização não tem limites”.

“Eles compram todo mundo, menos a mim. Vou lutar até o fim. E já avisei aos legítimos cegonheiros de Pernambuco, se vocês se venderem, me esqueçam.”

Os cegonheiros pernambucanos protestam contra o descumprimento de normas previstas no Programa de Incentivo Fiscal do Setor Automotivo de Pernambuco (Prodeauto). Para receber incentivos fiscais do governo daquele Estado, a Fiat/Jeep se comprometeu a contratar cegonheiros de Pernambuco para escoar a produção de veículos fabricados na unidade instalada no município de Goiana. Em vez disso, a montadora entregou a totalidade dos fretes de veículos novos a empresas mineiras e paulistas ligadas ao cartel dos cegonheiros.

Diferente do deputado federal gaúcho Jones Martins, do PMDB, Pastor Eurico não possui caminhão agregado a transportadoras. O parlamentar do PHS (mesmo partido de Medioli, agora prefeito de Betim-MG) argumenta que o cartel comandado por mineiros e paulistas está sendo investigado pela Polícia Federal, inclusive, por pagamento de propina na compra de sindicato, numa operação que teria envolvido R$ 20 milhões.

E concluiu:

“Esse cartel perdeu todos os procedimentos judiciais ajuizados contra os legítimos cegonheiros de Pernambuco. Está na hora de se fazer Justiça.”

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