
O Sindicato dos Cegonheiros de Goiás (Sintrave-GO) pediu ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) “a imposição de medidas concretas para acabar de uma vez por todas com o cartel no setor de transporte de veículos novos. O presidente da entidade, Afonso Rodrigues de Carvalho, reivindicou a abertura do mercado e a eliminação de barreiras às empresas que prestam serviço para qualquer concessionária ou montadora de veículos”. Magayver, como é conhecido, (foto) amparou o pedido no artigo 38 da lei 12.529/11, a chamada Lei Antitruste.
O documento foi protocolado no dia 10 e anexado ao Inquérito Administrativo em andamento no órgão antitruste. O procedimento em tramitação, que antecede o processo administrativo, visa a apurar práticas de crimes por infrações à ordem econômica. Dezesseis montadoras já foram citadas para que apresentem dados sobre o escoamento da produção. Até agora apenas a Toyota do Brasil não respondeu os questionamentos. O Sintrave encaminhou a petição dois dias depois de integrantes do cartel promoverem o bloqueio dos acessos à fábrica da Caoa-Chery, em Jacereí, no interior de São Paulo.
O representante do sindicato goiano oficializou ao Cade as ações intentadas por agregados às empresa Brazul Transporte de Veículos (de propriedade de Vittorio Medioli, do grupo Sada) e Tegma Gestão Logística. Todos cegonheiros-empresários filiados ao Sindicato Nacional dos Cegonheiros (Sinaceg). A entidade paulista foi condenada por participação em cartel pela Justiça Federal do Rio Grande do Sul, em Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público Federal.
Magayver destacou:
“Necessário lembrar a conclusão feita pelo Gaeco, na qual afirmou que os grupos Sada e Tegma continuam em plena atividade, mantendo o comando das ações que se desenvolvem no desiderato da manutenção da cartelização do transporte rodoviário de veículos novos em nosso país.”