
Sintraveic-ES tentou promover represálias contra os que discordaram do pagamento. Associados deveriam entregar R$ 12 milhões à entidade capixaba.
A Tegma Gestão Logística decidiu suspender os descontos dos empresários-cegonheiros solicitados pelo Sindicato dos Cegonheiros do Espírito Santo (Sintraveic-ES). A empresa, um dos alvos da Operação Pacto – deflagrada em 17 de outubro de 2019 pela Polícia Federal, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) – também rejeitou o pedido da entidade patronal para bloquear as frotas (caminhões-cegonha) dos associados que discordaram do pagamento de R$ 200 mil cada um. Os recursos, segundo as queixas, seriam repassados a advogados para a defesa de associados acusados de atearem fogo criminosamente em caminhões-cegonha de empresas concorrentes. Ao todo, os 60 associados deveriam entregar ao Sintraveic-ES, nada menos do que R$ 12 milhões.
Nas transportadoras acusadas de participação no chamado cartel dos cegonheiros existe a figura da “Comissão de Carreteiros”, que é responsável pelo controle das cargas (veículos zero-quilômetro) transportadas das montadoras. Na Tegma, essa Comissão diz à empresa quais os carreteiros (cegonheiros-empresários) estão aptos a realizar o transporte e, ao mesmo tempo, organiza a ordem na fila de carregamentos. No movimento violento ocorrido em outubro de 2018 na fábrica da Caoa-Chery localizada em Jacareí (SP), por exemplo, integrantes da chamada Comissão de Carreteiros contemplavam com “avanço” de dez posições na fila de carregamentos os cegonheiros-empresários que participassem das manifestações contra a livre concorrência.
No final do ano passado, integrantes da Comissão de Carreteiros ligados ao Sintraveic-ES chegaram a anunciar a alguns cegonheiros-empresários associados o bloqueio dos carregamentos daqueles que não concordassem com as contribuições que chegavam a 10% do faturamento bruto por quinzena. Em alguns casos, esse percentual superava os R$ 2 mil mensais. A Tegma, que efetuava os descontos com a rubrica “assembléia”, chegou a alterar a nomenclatura, adotando para justificar a cobrança como “Sintraveic descontos diversos”, mas essa contribuição foi excluída.
Documentos solicitados ao Cade
Uma das representadas no inquérito administrativo que apura a prática de infrações à ordem econômica (formação de cartel) – junto com a Brazul Transporte de Veículos, de propriedade do político e empresário Vittorio Medioli, a Transcar e o Sintraveic-ES – a Tegma solicitou, em 13 de janeiro, ao órgão antitruste, acesso às cópias de todo o material apreendido por ocasião da Operação Pacto. O Cade ainda não se manifestou a respeito do pedido.
O CADE NÃO PODE ATENDER A NADA QUE ESSA EMPRESA SOLICITE, POIS ELA INTEGRA O CARTEL DOS CEGONHEIROS, E ESSA PRÁTICA DE COBRAR DOS TRANSPORTADORES QUAISQUER IMPORTÂNCIAS PARA PAGAREM ADVOGADOS, É CARACTERIZADA COMO FRAUDE.
TODAS AS EMPRESAS INTEGRANTES DESSE CARTEL CRIMINOSO, JÁ DEVERIAM TER PERDIDO SEUS ALVARÁS DE FUNCIONAMENTOS HÁ MUITO TEMPO!
ESSA É A MINHA OPINIÃO!
CARTEL NO NOSSO PAÍS DEVE SER EXTINTO IMEDIATAMENTE, BEM COMO OS SINDICATOS AOS MESMOS INTEGRANTES E COOPTADOS.
PONTO FINAL!