
Depois das transportadoras alemãs e espanholas, empresas portuguesas também decidem recuperar na justiça os prejuízos causados pela cartelização do mercado de caminhões na Europa. Um serviço jurídico foi criado para atender às demandas das operadoras de Portugal que compraram caminhões médios e pesados entre 1997 e 2001.
O trabalho será prestado pelo escritório de advocacia GPA Advogados. As empresas podem pedir indenização pelos custos adicionais dos caminhões vendidos pelo cartel.
Alinhamento de preço e atraso tecnológico
Seis fabricantes foram condenados a pagar 3,7 bilhões de euros por formação de cartel. As multas foram impostas pela Comissão Europeia. MAN, Volvo/Renault Trucks, Daimler, Iveco, DAF e Scania alinharam preços e atrasaram a introdução de novas tecnologias para redução de emissões de gases.
Em dezembro, mais de 40 transportadoras alemãs procuraram a Justiça para cobrar prejuízo de 237 milhões de euros. Executivos estimam que o cartel comercializou 35 mil caminhões com preços superfaturados. Na Alemanha, a fixação ilegal de preços causou prejuízo superior a 2,5 milhões de euros. A ação coletiva pode resultar em ressarcimento de quase 7 mil euros por caminhão comprado nos 14 anos em que o acordo do cartel funcionou.